Boi gordo: Semana abre em clima de calmaria no mercado brasileiro.
Em São Paulo, as indicações da arroba variam entre R$ 315 e R$ 320, a depender da premiação, apontou a consultoria Agrifatto
Boi gordo: Semana abre em clima de calmaria no mercado brasileiro.

O pré-feriado afastou os participantes do mercado brasileiro do boi gordo e os preços se mantiveram praticamente estáveis em grande parte das praças, informa a Agrifatto. Em São Paulo, as indicações da arroba variam entre R$ 315 e R$ 320, a depender da premiação, apontou a consultoria 

Segundo apurou a Scot Consultoria, boa parte dos frigoríficos esteve fora das compras nesta segunda-feira (5/4).

“As indústrias preferiram aguardar uma definição do consumo de carne bovina durante o feriado para, assim, traçar as estratégias de compra ao longo desta semana”, relata a Scot, acrescentando que, no Estado de São Paulo, as escalas de abate atendem em torno de cinco dias.

De acordo com a IHS Markit, a dificuldade na aquisição de bovinos para compor as escalas de abate é crescente, até mesmo para os exportadores.

“As negociações que são observadas no mercado são de pequenos lotes, mesmo em regiões onde já não é possível verificar boas condições de pastagem”, informa.

O motivo para a grande escassez de oferta de animais terminados deve-se sobretudo ao movimento de abates excessivos de fêmeas corrido entre os anos de 2016 e 2018, quando a pecuária brasileira atravessou um período queda de preços, gerando maior desinteresse pela atividade.

Segundo a IHS, o cenário atual do mercado não apresenta fatores consistentes para fornecer patamares menores de preço ao boi gordo, mesmo com a demanda interna tímida.


Além da oferta restrita de animais, o bom ritmo das exportações de carne bovina ajuda a manter a arroba do boi gordo em patamares firmes.

Em março, os embarques brasileiros atingiram o maior volume desde 2007, reflexo da falta de concorrência no mercado internacional, decorrente da acentuada redução no rebanho australiano, além de questões climáticas que afetaram a produção de carne dos EUA.

No mercado atacadista brasileiro, o início do mês trouxe bons sinais aos distribuidores, relata a IHS. “A demanda pelos principais cortes bovinos ao longo do feriado foi suficiente para escoar os estoques dos entrepostos”, informa a consultoria.

Para esta semana, continua a IHS, o recebimento dos salários e da primeira parcela do auxílio emergencial pode estimular uma maior procura pela proteína vermelha, gerando movimentação por parte dos distribuidores para reposição de estoques, o que pode ajudar a pressionar as escalas de abate dos frigoríficos.