É só galope da arroba, um depois do outro
Preços do boi gordo e da vaca gorda voltaram a subir fortemente em todo o País nesta quinta-feira
É só galope da arroba, um depois do outro

Conforme relatado pelo portal DBO ontem, os preços do boi gordo e da vaca gorda voltaram a subir fortemente nesta quinta-feira (3 de setembro), reforçando o movimento de alta registrado nos últimos meses.

De acordo com a IHS Markit, o valor da boiada paulista subiu mais um pouco hoje, chegando ao patamar máximo de R$ 242/@, a prazo, ante a cotação máxima de R$ 240/@ do dia anterior.

Na avaliação da Agrifatto, a dificuldade das indústrias em preencher as programações de abate segue em pauta, o que continua pressionando positivamente a arroba em todo o território nacional. Tal movimento, relata a consultoria, tem encurtado o diferencial de base e aproximando os preços do boi gordo nas diferentes regiões. No entanto, o Estado de São Paulo, principal centro de distribuição da carne e mercado consumidor do País, ainda demonstra preços, em média, mais elevados, ressalta a Agrifatto.

Nos dados apurados pela Agrifatto, os preços do boi gordo giram em torno de R$ 225-230/@ para o animal comum e R$ 235-240/@ para o animal destinado à exportação. “Já começam a aparecer negócios com prêmios mais altos, mas ainda são minoria, girando em torno de R$ 243/@”, informa a consultoria.

Os números desta quinta-feira da IHS Markit mostraram um fortíssimo movimento de alta da arroba nas praças do Centro-Oeste. Em Dourados-MS, o boi gordo saltou para R$ 236/@, à vista, o significou elevação de R$ 9/@ sobre o valor da véspera. Em Barra do Garças-MT, o animal terminado avançou de R$ 218/@, ontem, para R$ 221/@, hoje (valores a prazo). Em Goiânia-GO foi a R$ 236/@, a prazo, ante o valor de R$ 232/@ negociado na quarta-feira.

No entanto, diz a IHS, os registros de maior liquidez nos negócios com boiada nos últimos dias favoreceu um pouco as programações de abate das indústrias. Entre os frigoríficos pesquisados pela IHS Markit, a maior parte já apresenta escalas de abate aparentemente mais confortáveis de, em média, uma semana.

Demanda interna pode melhorar

Nesta primeira quinzena de setembro, o consumo de carne nos centros urbanos deve se manter em ritmo mais ativo, em função do melhor poder de compra da população advindo do pagamento dos salários de início de mês.


O feriado da próxima segunda-feira também deve beneficiar a demanda pela proteína no mercado interno, preveem as consultorias. A oferta de carne, por sua vez, se mantém em nível abaixo dos regulares, em função da dificuldade dos frigoríficos em adquirir boiada, pondera a IHS Markit.

Exportações a todo vapor

A dinâmica das exportações se mantém como destaque, atingindo volumes recordes ao longo do ano, pautadas, principalmente, pela forte atuação da China, que ainda se recupera dos impactos causados pela peste suína africana no ano passado.

Giro pelas praças

Em São Paulo, os negócios realizados envolvendo gado que cumpre com as exigências internacionais foram feitos a valores mais elevados nesta quinta-feira, informa a IHS Markit.

No Mato Grosso do Sul, a atuação ativa de frigoríficos paulistas e locais na procura por animais para abates urgentes – visando atender sobretudo à demanda do mercado externo – resultou em forte alta nos preços nesta quinta-feira.

Em Goiás, em meio a baixa disponibilidade de boiada terminada, novos ajustes positivos nas cotações foram registrados hoje.

No Mato Grosso, o ambiente de negócios com boa liquidez tem sustentado uma forte trajetória altista nos preços do gado.

No Paraná, alguns lotes maiores de boiada foram comprados a valores acima dos preços anteriores.

No Pará, indústrias pesquisadas pela IHS Markit elevaram os preços oferecidos na compra da matéria prima – as escalas de abate passaram a atender, em média, 8 dias

No Tocantins, diante da escassez de oferta no mercado, a arroba também subiu nesta quinta-feira, de acordo com levantamento da IHS.

Fonte: Portal DBO