Equinos necessitam de atividades físicas durante a pandemia
Os cavalos que participam de competições esportivas não podem ficar sem qualquer atividade, mesmo em tempos de pandemia do novo coronavírus.
Equinos necessitam de atividades físicas durante a pandemia

Os cavalos que participam de competições esportivas não podem ficar sem qualquer atividade, mesmo em tempos de pandemia do novo coronavírus. Eles necessitam de exercícios para não sofrerem alguma complicação que pode levar a óbito. Mesmo que a covid-19 não afete diretamente os animais, as hípicas têm implantado mudanças para evitar aglomerações entre humanos.

Uma hípica localizada no Bairro dos Fernandes, por exemplo, folgas às segundas-feiras foram abolidas para que a programação de cavaleiros e de amazonas fosse mais espaçada com as atividades ocorrendo de forma individual. No máximo, um treinador e um funcionário do local ficam na pista durante os 45 minutos de treino.

“Colocamos as atividades com grande intervalo de tempo para que um aluno não encontre com o outro. Antes da pandemia todos já vinham uniformizados e agora esta prática foi reforçada”, comenta o treinador Rodrigo Macente, também um dos responsáveis do local.

Macente defende a importância das atividades para os equinos, que já sentem bastante a falta de competir. “O cavalo é muito sensível e a cólica pode levar a morte. Atualmente tivemos que adequar a alimentação e as rotinas de treino para os animais”, conta.

O técnico diz ainda que sentiu mudanças no comportamento dos animais devido à falta das competições. “Os cavalos guardam muita energia para poder queimar na hora certa, porém agora estão todos parados e sem poder despejá-las”, diz.

Mudança de habito

Competindo há oito anos, a amazona Carolina Cereser, de 15 anos, treinava em conjunto com Gabriel Pozzani, mas devido à pandemia está indo somente com a égua História para a pista. Vice-campeã paulista individual e campeã brasileira por equipes, Carolina tem treinado apenas com máscara facial, mas diz que é um acessório que incomoda. “Em alguns momentos me atrapalha a visão durante um salto. Me sinto um pouco abafada também”, detalha.

O campeão paulista e brasileiro na sua carreira, o cavaleiro jundiaiense Lucas Lima, de 21 anos, atualmente trabalha em uma hípica em Indaiatuba e conta que seu trabalho sofreu poucas modificações. “Por causa da ausência de competições, que neste momento não tem previsão de volta, temos diminuído a carga de treinos nos cavalos, mas eles estão indo a pista para manter a forma”, explica.

Orientações

O veterinário Everton Pereira Fernandez diz que é importante colocar os equinos competidores para fazer algum tipo de exercício, mesmo durante a pandemia. “Eles comem pouca fibra e mais ração e se ficarem muito tempo parados podem sofrer problemas no estômago e ocorrer a cólica. Dependendo da gravidade podem vir a óbito”, explica.

Fernandez conta que não é necessário no atual momento realizar atividades de montaria. “Pode ser uma atividade como correr em volta da pista”, orienta.

Fonte: Jornal de Jundia