ExpoZebu: Futuro das exportações de carne é tema de Painel Técnico na ABCZ
por Mário Sérgio Santos
ExpoZebu: Futuro das exportações de carne é tema de Painel Técnico na ABCZ

Perspectivas de crescimento e desafios do mercado pós-pandemia foram alguns dos assuntos tratados pela ABCZ, Apex-Brasil e Ministério das Relações Exteriores.

 por Melissa Paroneto

A programação técnica da ExpoZebu 2021 abordou nesta quarta-feira (5) as perspectivas das exportações brasileiras de carne bovina. O painel contou com as participações do presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, da diretora de Relações Internacionais da entidade, Ana Cláudia Mendes Souza, do diretor do Departamento de Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, Ministro Alexandre Peña Ghisleni, e do gerente de Agronegócios da Apex-Brasil, Márcio Soares.


O Brasil segue na liderança do ranking de exportação de carne bovina. Em 2020, o país registrou recorde de mais de dois milhões de toneladas comercializadas, o que representa alta de 8% em relação ao ano anterior. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos e a Secretaria de Comércio Exterior, as receitas com os embarques do produto in natura e processado tiveram aumento de 11% na comparação anual, atingindo mais de oito bilhões de dólares.





Para o presidente da ABCZ, o Brasil vive um excelente momento na produção e comercialização da carne bovina e os preços pagos pela arroba do boi, atualmente, proporciona aos pecuaristas condições de investirem cada vez mais nos seus negócios. “Nós temos produzido uma carne com sustentabilidade, uma carne de animais criados à pasto, com sistemas de produção integrada, que preserva a natureza e é isso que o mercado internacional busca hoje” justifica Rivaldo Jr.


Ghisleni reforçou que ao contrário de outros setores da economia brasileira, o agronegócio foi beneficiado pela pandemia, principalmente, o setor da pecuária. Para garantir proteína animal na mesa da população, muitos países aumentaram as importações de carne, possibilitando o crescimento do Brasil no mercado das exportações. “Isso significa que nós somos vistos como um parceiro confiável para prover alimentos e estamos tendo a oportunidade de ampliar a nossa presença no mercado e auxiliar outros países a garantir a sua segurança alimentar”, confirma o Ministro.


O gerente da Apex-Brasil ressalta que apesar das boas perspectivas de negócios, a pandemia mundial trouxe alguns desafios para o Brasil, entre eles, a agenda de promoção comercial. Trabalhada de forma tradicional, com encontros presenciais em ações, feiras e missões essa negociação teve que se adaptar a novos formatos, impostos pelo distanciamento social. “As entidades e setores que ainda não compreenderam o impacto dessa agenda digital, precisa se atentar a isso, pois certamente ela veio pra ficar e será muito demandada daqui pra frente”, reforça Soares.


Para avançar nesse sentido, a diretora da ABCZ afirma que as parcerias entre as entidades, juntamente com o Itamary, são imprescindíveis e podem ampliar as oportunidades de negócios no âmbito virtual. “A parceria com a Apex-Brasil e com o Ministério nos permiti, nesse momento, manter o contato entre os nossos clientes e parceiros. Além disso, possibilita disponibilizarmos o que é feito internamente no Brasil, melhorando a imagem do país no exterior”, afirma Ana Cláudia.


FONTE:ABCZ