MT: gado confinado cresce 10%
Alta dos insumos e o custo dos animais de reposição preocupam
MT: gado confinado cresce 10%

O volume de gado confinado no Mato Grosso avançou em 10,74%, segundo o levantamento do Instituto Mato-Grossense de Agropecuária (Imea). São 709,93 mil animais que poderão ser confinados em todo o estado. Quando comparado com o ano passado o confinamento caiu 13, 87%. 

O maior volume de animais nesta modalidade está no Sudeste mato-grossense, com mais de 204 mil cabeças mas a região que mais cresceu entre julho e outubro foi o Norte, com avanço de 18,8%, chegando a 31 mil cabeças. Na média todas regiões tiveram queda no ano com exceção do Médio-Norte, que cresceu 48% e tem 173 mil animais confinados. 


O aumento da intenção de quantidade de animais confinados, segundo o Imea, deve-se à valorização da arroba do boi. Mas alguns fatores ainda preocupam. Entre eles está a alta dos insumos, na casa de 45% e o custo dos animais de reposição, que subiram 28%. 


Também houve relatos de preocupações como: a menor disponibilidade de animais (11%), baixa lucratividade (8%), arroba do boi gordo (6%), outros fatores como a instabilidade acerca do coronavírus (3%). Para se ter uma ideia, a média do custo diário por cabeça por dia foi de R$ 9,27, valor 45,98% superior ao que foi registrado em 2019. Este cenário também influenciou na capacidade estática do estado, que apresentou decréscimo de 11,79% ante a 2019.


A média dos Custos Operacionais Totais (COT) da cria em Mato Grosso, no 3º tri de 2020, totalizou R$ 130,11/@ e aumentou 2,90% no comparativo com o 2º trimestre. Os gastos com aquisição animal (+22,51%), impostos/taxas (+8,22%), e suplementação (+0,76%) foram os que mais influenciaram os custos desta modalidade. Os preços do tourinho avançaram 27,43% no terceiro trimestre do ano, houuve maior preço de venda dos animais – o que aumentou a incidência de Funrural em 15,17% no ato da venda para o recriador -, e ainda, a suplementação, que, mesmo com variação mais amena ante o trimestre anterior (+0,72%), representou 21,69% de todos os gastos do produtor de cria no estado. 


Fonte: Agrolink