Rebanho bovino recua, mas Brasil segue com mais boi que gente, diz IBGE
O rebanho bovino do Brasil caiu 0,7% em 2018 na comparação com 2017, na esteira de um recorde na exportação de carne no ano passado.
Rebanho bovino recua, mas Brasil segue com mais boi que gente, diz IBGE

O rebanho bovino do Brasil caiu 0,7% em 2018 na comparação com 2017, na esteira de um recorde na exportação de carne no ano passado. Mas o país ainda tem mais boi e vacas do que gente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (20). 

Segundo o Instituto, apesar de uma queda de 1,5 milhão de cabeças, devido ao aumento dos abates pela indústria de carne, o Brasil segue com o maior rebanho comercial do mundo, com cerca de 213,5 milhões de animais, disse em nota.

Já a população brasileira está estimada em 210,1 milhões, com uma taxa de crescimento populacional de 0,79% ao ano, informou o IBGE ao final de agosto. O rebanho bovino do país, por sua vez, teve em 2018 a segunda queda consecutiva, após atingir um recorde em 2016. 

O Mato Grosso respondeu por 14,1% do rebanho nacional, enquanto o município com maior número de bovinos é São Félix do Xingu, no Pará. O crescimento do abate contribuiu para a redução no efetivo em 3,3% na região Sul, 1,2% no Sudeste e 0,4% no Centro-Oeste. O rebanho cresceu 0,2% no Norte e Nordeste, disse o IBGE. 

Segundo a gerente da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, Angela Lordão, a queda no rebanho decorreu do aumento do abate de matrizes devido ao preço da carne no mercado internacional."A questão é que a pecuária de corte tem ciclos de alta e baixa. 

Então,em alguns anos, principalmente devido ao preço do bezerro e ao preço da arroba, começa um descarte maior de fêmeas. Isso aconteceu em 2006 e 2007, depois voltou a acontecer a partir de 2012. Estamos vendo agora um novo ciclo de baixa que começou em 2017", destacou. 

Embora o Brasil consuma a maior parte de sua produção de carne bovina, as exportações continuam ajudando nos abates, que cresceram 5,5% no segundo trimestre.

Fonte: Economia UOL