Preços da arroba do boi gordo voltam a subir com força nas praças pecuárias brasileiras
Nas regiões de São Paulo, animal terminado sobe para R$ 272/@, mas mercado já começa a especular possibilidade de negócios na casa dos R$ 300/@, informam as consultorias que acompanham o setor pecuário.
Preços da arroba do boi gordo voltam a subir com força nas praças pecuárias brasileiras

A intensificação da busca por matéria-prima por arte dos frigoríficos e a oferta restrita de animais terminados resultaram em forte valorização nos preços do boi gordo nas principais praças do País, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

No Estado de São Paulo, o arroba do macho teve alta diária de R$ 5/@, para R$ 272/@ (valor a prazo e bruto), relata a Scot Consultoria.

Os preços da vaca e da novilha prontas para abater também tiveram aumentos expressivos nesta terça-feira (9/11), de R$ 10/@ e R$ 9/@, respectivamente, alcançando, no mercado paulista, R$ 260/@ e R$ 2670/@ (preços brutos e a prazo).

“Em São Paulo, as escalas de abate avançam com dificuldade e atendem, em média, quatro dias”, observa a Scot.

Segundo apurou a IHS Markit, entre as principais praças pecuárias do Brasil, as altas mais expressivas ocorreram no interior paulista e no mercado de Minas Gerais.

Em São Paulo, diz a IHS, o volume de oferta de boiadas gordas retraiu, pois muitos pecuaristas já não dispõem de lotes confinados.

“Lotes não acabados foram direcionados ao pasto, já que os bons índices de chuvas permitiram o manejo”, relata a IHS.

Plantas frigorificas em Minas Gerais relataram que a oferta de boiada gorda diminuiu muito.

Com isso, para preencher as suas escalas de abate desta semana, as indústrias mineiras também tiveram que operar com preços mais elevados.

“Em ambos os Estados (SP e MG) cresce a especulação da possibilidade de negócios para o boi gordo em torno de R$ 300/@”, afirma a IHS.

Mesmo com a ausência da China no mercado importador de carne bovina brasileiro, o mercado brasileiro do boi gordo vem se recuperando das fortes quedas verificadas nos meses anteriores, ressalta a IHS.

“Apesar da ausência de novidades com relação ao retorno dos envios de carne bovina brasileira à China, o suporte aos preços advém da redução na oferta de animais terminados, do encurtamento na escala de abate entre algumas unidades e da resposta positiva dada pelo consumo doméstico, sobretudo com a reabertura do comércio (após o avanço da vacinação contra a Covid-19) e maior entrada de massa salarial”, justifica a IHS.

Segundo a consultoria, as indústrias frigoríficas do País relataram que as vendas de carne bovina no atacado/varejo esboçaram melhor desempenho nas últimas semanas.

Em relação às vendas externas, apesar da ausência chinesa, o fluxo dos embarques dá sinais de recuperação.

“Além dos EUA, que dobraram as compras da carne brasileira em relação ao ano anterior, outros países na África e no leste asiático passaram a comprar mais proteína brasileira para aproveitar os preços mais baixos do produto no mercado internacional”, observa a IHS

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume médio de carne bovina in natura exportada pelo Brasil na primeira semana de novembro foi de 5,27 mil toneladas por dia, um avanço de 28,1% frente à média de outubro passado.

No entanto, compara a IHS, o desempenho atual ainda é 37,2% inferior ao registrado em novembro de 2020, quando a China estava muito presente nas compras do produto brasileiro.

Na bolsa B3, os preços futuros do boi gordo continuam em alta, pois agentes ainda veem grande chance de breve retorno da China nas compras da proteína brasileira, informa a IHS.

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis nesta terça-feira, sustentados pelo avanço regular das negociações, relata a IHS.

A procura por carne desossada segue bem ativa e indústrias relataram recuperação nas vendas dos cortes de dianteiro, sobretudo pela firmeza dos preços das carnes concorrentes (frango e suínos).

“O setor não relata maiores excedentes, visto que os abates vinham sendo regulados com foco em equalizar a produção à demanda vigente”, afirma a IHS Markit.


Fonte: Portal DBO


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